É uma desordem do desenvolvimento neurológico, relativamente
rara.
A prevalência da Síndrome de Rett é de uma em cada 10.000-20.000 pessoas do sexo feminino.
A CADA 5 HORAS, NASCE UMA MENINA COM SÍNDROME DE RETT NO MUNDO
A prevalência da Síndrome de Rett é de uma em cada 10.000-20.000 pessoas do sexo feminino.
A CADA 5 HORAS, NASCE UMA MENINA COM SÍNDROME DE RETT NO MUNDO
A Síndrome de Rett é
uma doença de causa genética e está
associada a mutações no gene MECP2
(do inglês, methyl-CpG-binding protein 2),
localizado no cromossomo X.
O MECP2 é de extrema importância no controle de outros genes, e a proteína por ele codificada (também chamada de MeCP2) atua como que “desligando” determinados genes durante fases específicas do desenvolvimento neuronal.
A base molecular da Síndrome de Rett consiste no fato de o gene MECP2 mutado codificar uma proteína defeituosa, incapaz de exercer adequadamente sua função biológica, o que faz com que os genes que deveriam estar silenciados (“desligados”) durante determinadas fases do desenvolvimento dos neurônios permaneçam ativos (“ligados”), resultando em prejuízos ao desenvolvimento do sistema nervoso central.
Cerca de 99,5% dos casos de Síndrome de Rett são esporádicos, ou seja, sem antecedentes familiares. A análise da origem parental (dos pais) nos casos esporádicos revelou que, na maioria deles, as mutações ocorreram de novo no alelo de origem paterna. Isso explicaria a predominância de Síndrome de Rett clássica em meninas, já que os meninos não herdam o cromossomo X paterno, mas sim o materno.
Por outro lado, nos raros casos familiais (somente 0,5%), o alelo mutado é proveniente da mãe, que não apresenta o quadro clínico de Síndrome de Rett. Esses casos poderiam ser explicados: (1) pela inativação favorável do cromossomo X da mãe que tem a mutação; ou (2) pela ocorrência de mosaicismo gonadal, quando o alelo mutado é encontrado apenas nas células da linhagem germinativa materna.
Através da análise molecular do gene MECP2 da paciente e de sua mãe, é possível verificar se a mutação foi herdada da mãe, para, assim, procurar aconselhamento genético. Embora os casos familiais sejam raros, é indicado avaliar a possibilidade de recorrência da doença na família, inclusive utilizando-se o diagnóstico pré-natal, que envolve a coleta de material biológico do feto pela amniocentese ou pela punção de vilosidades coriônicas e pesquisa de mutações no MECP2 nesse material.
O MECP2 é de extrema importância no controle de outros genes, e a proteína por ele codificada (também chamada de MeCP2) atua como que “desligando” determinados genes durante fases específicas do desenvolvimento neuronal.
A base molecular da Síndrome de Rett consiste no fato de o gene MECP2 mutado codificar uma proteína defeituosa, incapaz de exercer adequadamente sua função biológica, o que faz com que os genes que deveriam estar silenciados (“desligados”) durante determinadas fases do desenvolvimento dos neurônios permaneçam ativos (“ligados”), resultando em prejuízos ao desenvolvimento do sistema nervoso central.
Cerca de 99,5% dos casos de Síndrome de Rett são esporádicos, ou seja, sem antecedentes familiares. A análise da origem parental (dos pais) nos casos esporádicos revelou que, na maioria deles, as mutações ocorreram de novo no alelo de origem paterna. Isso explicaria a predominância de Síndrome de Rett clássica em meninas, já que os meninos não herdam o cromossomo X paterno, mas sim o materno.
Por outro lado, nos raros casos familiais (somente 0,5%), o alelo mutado é proveniente da mãe, que não apresenta o quadro clínico de Síndrome de Rett. Esses casos poderiam ser explicados: (1) pela inativação favorável do cromossomo X da mãe que tem a mutação; ou (2) pela ocorrência de mosaicismo gonadal, quando o alelo mutado é encontrado apenas nas células da linhagem germinativa materna.
Através da análise molecular do gene MECP2 da paciente e de sua mãe, é possível verificar se a mutação foi herdada da mãe, para, assim, procurar aconselhamento genético. Embora os casos familiais sejam raros, é indicado avaliar a possibilidade de recorrência da doença na família, inclusive utilizando-se o diagnóstico pré-natal, que envolve a coleta de material biológico do feto pela amniocentese ou pela punção de vilosidades coriônicas e pesquisa de mutações no MECP2 nesse material.
SÍNDROME
DE RETT EM MENINOS Com base principalmente em estudos com modelos animais, considerava-se que mutações no gene MECP2 eram sempre letais (provocando aborto) ou causavam morte prematura no sexo masculino (cariótipo 46,XY). No entanto, diversos casos de meninos com características da SR clássica foram relatados na literatura científica. Hoje sabemos que meninos também podem manifestar o quadro de SR, o que e tem sido observado em três situações: (1) indivíduos com cariótipo 47,XXY (que caracteriza a Síndrome de Klinefelter, ou seja, há um X a mais do que o normal para o sexo masculino), com o alelo mutado do gene MECP2 em um dos cromossomos X, podem apresentar quadro clínico compatível com a Síndrome de Rett clássica; (2) mosaicismo somático, caso em que algumas das células somáticas do indivíduo apresentam um alelo mutado e outras não; (3) indivíduos com cariótipo típico para o sexo masculino (46,XY) e que apresentam mutações no MECP2. Nesse caso, uma vez que não há uma cópia normal do gene para contrabalançar o alelo mutado, os sintomas são mais severos, dependendo do tipo e do local da mutação no MECP2. Além disso, devido ao seu amplo espectro fenotípico, mutações no gene MECP2 em meninos podem levar também a quadros como encefalopatia neonatal e retardo mental não especificado. | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|