BEBIDAS ENERGÉTICAS - ARTIGO CIENTÍFICO

Artigo Original O EFEITO DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS PODE SER AFETADO PELA COMBINAÇÃO COM
BEBIDAS ENERGÉTICAS - UM ESTUDO COM USUÁRIOS


SIONALDO EDUARDO FERREIRA, MARCO TÚLIO DE MELLO, MARIA LUCIA OLIVEIRA DE SOUZA FORMIGONI*
Trabalho realizado no Departamento de Psicobiologia – UNIFESP, São Paulo, SP.
RESUMO – OBJETIVO. Avaliar em uma amostra de critério, o padrão efeitos do álcool, mas 38% reportaram aumento de alegria, euforia
de uso de bebidas energéticas, isoladamente e em associação com (30%), insônia (11%), desinibição (27%) e do vigor físico (24%).
bebidas alcoólicas. Observou-se grande variabilidade no número de usos de bebidas
MÉTODOS. Cento e trinta e seis voluntários (idade 24 ± 6 anos) energéticas na vida (14 ± 16), mas certa regularidade na quantidaque
relataram ao menos um uso anterior de bebidas energéticas de ingerida por ocasião (1,5 ± 0,7 latas).
foram submetidos a uma entrevista padronizada sobre hábitos de CONCLUSÕES. Os dados sugerem que os efeitos das bebidas
consumo de bebidas energéticas e alcoólicas. energéticas são bastante variáveis, dependendo provavelmente
RESULTADOS. A maioria da amostra relatou usar bebidas da dose ingerida e da sensibilidade individual. Alguns relatos
energéticas tanto isoladamente (79%) como em combinação com sugerem que há interação com o álcool, expressa pelo aumento
bebidas alcoólicas (76%), neste caso preferencialmente com uísque dos efeitos excitatórios ou redução de seus efeitos depressores.
(90%), vodka (37%) ou cerveja (13%). Após a ingestão isolada de São discutidos possíveis mecanismos farmacológicos subjacentes
bebidas energéticas, 61% relataram não sentir nenhum efeito, 10% a esta combinação.
mencionaram aumento da alegria, 9% euforia, 9% insônia, 7%
desinibição e 24% aumento do vigor físico. Dos que relataram uso UNITERMOS: Bebidas energéticas. Bebidas alcoólicas. Cafeína. Taurina.
combinado com álcool, 14% relataram não sentir alteração dos Padrão de uso e interação.

INTRODUÇÃO
O consumo de bebidas alcoólicas é
bastante antigo e de alta prevalência na população
mundial. Em geral, quando ingeridas em
baixa quantidade e freqüência, não geram
problemas físicos e/ou psíquicos, sendo desta
maneira consumidas pela maioria das pessoas.
No entanto, o consumo abusivo de bebidas
alcoólicas é bastante prejudicial, sendo a dependência
de álcool uma das principais causas
de problemas físicos e psíquicos atualmente.
Vários fatores modulam as respostas fisiológicas
e comportamentais ao álcool, entre
eles: características genéticas, estado geral de
saúde, ambiente de uso (setting), dose e
tempo de ingestão1,2,3.
Ao longo dos anos, diversas substâncias
foram utilizadas com o intuito de amenizar os
efeitos da intoxicação alcoólica, porém sem
grande sucesso. Recentemente, observou-se
*Correspondência:
R. Botucatu, 862 – 1o Andar
CEP: 04.023-062 – Vila Clementino – São Paulo – SP
a rápida popularização da ingestão de bebidas
alcoólicas, principalmente destiladas, em
combinação com bebidas energéticas* à base
de carboidratos, taurina e cafeína. A comercialização
destas bebidas é regulamentada pela
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério
da Saúde.
Relatos populares sobre o aumento dos
efeitos excitatórios do álcool e/ou de diminuição
da intensidade dos seus efeitos depressores
têm contribuído para a propagação do
uso desta mistura. Porém, ainda não existem
evidências científicas se as bebidas energéticas
possuem de fato algum efeito antagonista dos
efeitos depressores do álcool. Embora diversos
relatos a respeito do uso combinado de
bebidas energéticas e álcool tenham sido
veiculados, a maior parte das informações não
são cientificamente embasadas, sendo necessário
estudos sobre o tema.
Especula-se que algumas substâncias presentes
na composição das bebidas energéticas
interfiram no metabolismo e/ou nas ações
farmacológicas do álcool. Estudos com animais
de laboratório têm demonstrado interações
farmacológicas entre o álcool e a taurina, um
dos componentes das bebidas energéticas4,5,6.
Trabalhos prévios demonstraram que a
administração de bebida energética reverteu
alguns dos efeitos depressores na atividade
locomotora de camundongos induzidos
por 2,5 g/kg de álcool7,8. Entretanto, em
seres humanos, há poucos estudos sobre os
efeitos da ingestão de bebidas energéticas,
especialmente em combinação com bebidas
alcoólicas9-13.
Dado o reduzido número de trabalhos
sobre o tema, este estudo teve por objetivo
avaliar o padrão de uso das bebidas
energéticas em uma amostra de critério
formada por usuários destas bebidas.
MÉTODOS
Amostra: Foi utilizada uma amostra de critério,
composta por 136 voluntários, de ambos
os sexos, com idade entre 14 e 42 anos, que
relataram ao menos um uso de bebidas
energéticas na vida.
* a maioria das marcas de bebidas energéticas (energy drinks) comercializadas no Brasil consiste numa mistura de carboidratos (cerca de 11 g/dl) com taurina (cerca de 400 mg/dl), cafeína (cerca de 32 mg/dl), gluconolactona
(cerca de 240 mg/dl) e vitaminas do complexo B, embora existam algumas preparações à base de ervas comercializadas com nome semelhante.
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O EFEITO DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS
Anexo 1 – Questionário sobre o padrão de uso de bebidas energéticas

Este questionário visa o conhecimento do Padrão de Uso de Bebidas Energéticas pela população em geral, por isso é
importante que você responda corretamente a todas as perguntas que lhe serão feitas.

Nenhum dos voluntários desta pesquisa será identificado, sendo os dados aqui apontados de uso exclusivo para fins científicos.
1) Idade:.............anos Sexo: (a) M (b) F Altura:..............cm Peso:.............Kg
2) Você já fez uso de Bebida Energética? (a) Sim (b) Não.
3) Se sim, quantas vezes aproximadamente?........................vezes
4) Normalmente, quantas latas consome?...........................latas
5) Você já usou bebidas energéticas junto com bebidas alcoólicas?
(a) Sim (b) Não. Se sim, com qual(is)? (a) Cerveja (b) Vodka (c) Uísque (d) Cachaça (e) Tequila
(f) Outras..............................................................................
6A)Quais os efeitos que freqüentemente você sente depois de ingerir energéticos com álcool?
(a) nada diferente (b) alegria (c) euforia (d) cefaléia (e) insônia (f) desinibição (g) náusea (h) vigor físico
(i) sensação de poder (j) depressão (k) sensação de estômago cheio.
6B)Quais os efeitos que freqüentemente você sente depois de ingerir energéticos sem álcool ?
(a) nada diferente (b) alegria (c) euforia (d) cefaléia (e) insônia (f) desinibição (g) náusea (h) vigor físico
(i) sensação de poder (j) depressão (k) sensação de estômago cheio.
7) Em relação à primeira vez que ingeriu bebida energética, quando você ingere uma lata, os efeitos são:
(a) menores (b) maiores (c) continuam os mesmos (d) variáveis.
8) Em que ocasiões você faz uso de bebida energética?
(a) atividade física (b) trabalho (c) dirigir veículos (d) casas noturnas (e) festas (f) outras:..............................
9) Com que objetivo? ...............................................................................................................................................
10) Espaço para comentários sobre as bebidas energéticas:.............................................................................................
...........................................................................................................................................................................

Tabela 1 – Padrão de ingestão de bebidas energéticas: isoladamente ou em combinação com bebidas alcoólicas
Ingestão isolada 79%
Número de latas por ocasião de uso 1,5 ± 0,7
Número de usos na vida 14,4 ± 16,3
Intensidade dos efeitos em relação menor 10%
ao primeiro uso maior 4%
igual 71
variável 5
só usou uma vez 9
Local de uso academias 20
trabalho 4
direção de veículos 3
casas noturnas 71
festas 50
Ingestão com bebidas alcoólicas 76
Bebida alcoólica de preferência uísque 90
para uso combinado vodka 37
cerveja 13
outras 11
Procedimentos: Os voluntários foram convidados
pelos pesquisadores através de abordagem
direta na entrada de casas noturnas, academias
de ginástica e na Universidade Federal
de São Paulo, na cidade de São Paulo, SP. Após
bebidas alcoólicas e energéticas (Anexo 1).
Apenas os indivíduos que haviam feito uso
anterior de bebidas energéticas e concordaram
em responder às perguntas da entrevista
foram admitidos como voluntários. O
estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da UNIFESP (394/00).
RESULTADOS
A amostra incluiu proporção semelhante
de homens (56%) e mulheres (44%), sendo a
idade média dos entrevistados de 24 ± 6 anos.
A Tabela 1 apresenta as principais características
do padrão de uso das bebidas energéticas.
Observou-se grande variabilidade na
freqüência de uso de bebidas energéticas,
observamos desde uso único (9% dos casos) a
até 100 usos na vida conforme relatado (14 ±
16 usos MD±DP). Entretanto, observou-se
certa regularidade na quantidade consumida
por ocasião de uso, variando entre uma e três
latas por ocasião (1,5 ± 0,7 latas MD±DP).
A maioria dos entrevistados relatou fazer
uso de bebidas energéticas em casas noturnas
(71%) e festas (50%), mas também foi relatado
uso durante a realização de atividades físicas
em academias (20%), durante o trabalho (4%)
e antes de dirigir veículos (3%).
Quanto às razões de uso, cerca de 30% da
amostra comentou usar uísque com bebida
energética para se manterem estimulados a
noite toda. Reduzindo assim, com a combinação,
alguns dos efeitos depressores do álcool.
Alguns entrevistados relataram usar a bebida
energética para diluir e melhorar o sabor das
bebidas alcoólicas, considerado pouco agradável.
Ocorreram relatos de uso de bebidas
energéticas como opção alternativa a outras
bebidas, às vezes em substituição a bebidas
alcoólicas ou refrigerante, por exemplo.
A maioria dos entrevistados (76%) relatou
fazer uso de bebidas energéticas de forma
combinada com bebidas alcoólicas, sendo
que, neste caso, 91% utilizavam bebidas
destiladas. Preferencialmente, as bebidas
energéticas eram ingeridas em combinação
com uísque (90%), vodka (37%) e cerveja
(13%). O relato de uso de bebida energética
pura também foi freqüente (79%).
Considerando-se toda a amostra, apenas
10% relataram tolerância (redução dos efeitos)
e 4% aumento dos efeitos em relação ao
primeiro uso. De modo geral, os usuários
relataram efeitos agradáveis, sendo baixa a
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esclarecimento sobre os objetivos do projeto
e garantia de sigilo e anonimato, foi aplicada
uma entrevista padronizada que incluía dados
demográficos (idade e sexo), índices corporais
(peso e altura) e questões sobre o uso de

FERREIRA SE ET AL.
Tabela 2 – Efeitos percebidos após a ingestão de bebida energética pura e em combinação com bebidas alcoólicas
Efeitos percebidos (%) Bebida energética pura Bebida energética com álcool

Nada diferente 61 14
Alegria 10 38
Euforia 9 30
Cefaléia 3 2
Insônia 9 11
Desinibição 7 27
Náusea 1 0
Vigor físico 24 24
Sensação de poder 1 5
Depressão 0 0
Plenitude gástrica 6 4
ocorrência de efeitos desagradáveis (12%).
Nestes casos, os efeitos mais relatados foram
insônia (7%), sensação de plenitude gástrica
(3,5%) e cefaléia (1,5%). Não foram detectadas
diferenças entre o uso isolado e combinado
com bebidas alcoólicas em relação aos
efeitos desagradáveis.
Em relação ao uso de bebidas energéticas,
a maioria relatou não observar efeitos significativos
após sua ingestão isolada (61%). Entretanto,
ao mencionar os efeitos percebidos
após a ingestão de bebidas energéticas em
combinação com bebidas alcoólicas, 86% da
amostra relatou alguma alteração, como
aumento da alegria (38%), da euforia (30%),
da desinibição (27%) e do vigor físico (24%). A
Tabela 2 apresenta os principais efeitos percebidos
após a ingestão de bebidas energéticas
isoladamente e após combinação com bebidas
alcoólicas.
DISCUSSÃO
São poucos os estudos sobre os efeitos da
ingestão de bebidas energéticas, sendo este,
ao nosso conhecimento, o primeiro sobre seu
padrão de uso no Brasil.
Os resultados obtidos indicam que apesar
das recomendações inseridas no rótulo do
produto, a respeito de se evitar sua mistura
com álcool, esta prática é bastante comum,
especialmente entre freqüentadores de casas
noturnas. Observou-se grande variabilidade
individual quanto aos efeitos relatados.
Uma importante questão sobre o uso de
bebidas energéticas é a possível alteração do
padrão de uso de bebidas alcoólicas, especialmente
das destiladas. Grande parte da amostra
relatou não ter por hábito ingerir uísque e/ou
vodka, mas o fazer, e por vezes em grande
quantidade, quando em combinação com bebidas
energéticas. Isto sugere que a melhora
no sabor, obtida pela mistura, poderia estimular
a ingestão de maiores quantidades de bebidas
destiladas.
Se a sensação de redução dos efeitos
depressores do álcool não for acompanhada
por redução do prejuízo na coordenação
motora e no tempo de reação a estímulos, o
indivíduo sob efeito da mistura pode superestimar
sua capacidade de desempenhar
atividades, aumentando assim o risco de se
envolver em acidentes. Estudos com voluntários
demonstraram que a ingestão de uma
lata de bebida energética não reduziu os prejuízos
provocados pela ingestão de álcool
(0,6 e 1,0 g/kg) nas capacidades de atenção,
tempo de reação visual e coordenação motora13.
Entre os poucos trabalhos encontrados na
literatura a respeito da interação entre álcool e
bebidas energéticas, destaca-se o de Riesselman
et al. (1996) que sugeriram que usuários
desta combinação poderiam fazer um
juízo errôneo de suas capacidades e provocar
acidentes com maior probabilidade do que
somente após a ingestão de álcool.
Os dados obtidos até o momento indicam
que as bebidas energéticas, especialmente
aquelas que contém taurina e cafeína, vêm
sendo utilizadas para potencializar os efeitos
estimulantes do álcool. Resta identificar se este
efeito é farmacologicamente explicável e quais
os mecanismos envolvidos, ou se é apenas um
efeito placebo.
Constam na literatura alguns trabalhos
relatando os efeitos da ingestão de bebidas
energéticas como melhora do desempenho
psicomotor, redução do tempo de reação
motora, aumento da concentração ou da
memória imediata e aumento da sensação
subjetiva de alerta ou vigor. Há também relatos
sobre a melhora do estado de humor e do
desempenho físico após a ingestão de Red
BullÒ9,10,11. Nestes estudos, os autores atribuem
os efeitos à ingestão do composto, mas
como não testaram seus componentes isoladamente
não puderam sugerir os prováveis
mecanismos de ação.
No presente estudo, os relatos de
diminuição do sono e de aumento da
sensação de prazer ao se ingerir bebidas
alcoólicas em combinação com energéticas
sugerem que estas poderiam prolongar
a duração dos efeitos excitatórios do
álcool. Uma possibilidade de explicação
para este efeito seria uma modulação da
neurotransmissão gabaérgica exercida
pela taurina. Sabe-se que o efeito depres sor
do álcool está associado a aumento da
neurotransmissão mediada pelo GABA
(ácido gama-amino-butírico). Desta forma,
diminuindo a atividade gabaérgica,
a taurina reduziria o efeito depressor do
álcool14. É possível também que a redução
do efeito depressor do álcool seja devida
às ações estimulantes da cafeína no córtex
cerebral. Alguns estudos demonstram que
em determinadas doses a co-administração
de cafeína reduz alguns dos efeitos
depressores do álcool15,16. Entretanto, não
há estudos sobre a administração conjunta
de taurina, cafeína e álcool que permitam
fortalecer alguma destas hipóteses.
A ampliação e diversificação desta amostra
são fundamentais para o melhor conhecimento
dos hábitos de uso e efeitos observados
após a ingestão combinada de bebidas alcoólicas
e energéticas, que popularizou-se e
vem aumentando rapidamente, especialmente
entre a população mais jovem.
Encontram-se em andamento estudos
com voluntários e em animais de laboratório
que têm por objetivo avaliar, de maneira sistematizada,
os efeitos agudos e crônicos da
ingestão de álcool com bebidas energéticas.
SUMMARY
CAN ENERGY DRINKS AFFECT THE
EFFECTS OF ALCOHOLIC BEVERAGES? A STUDY
WITH USERS
OBJECTIVES. The pattern of use of energy
drinks, alone or combined with alcoholic
beverages, was evaluated in a criteria sample.
Rev Assoc Med Bras 2004; 50(1): 48-51

O EFEITO DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS
METHODS. 136 volunteers aged 24 ± 6 years,
who had reported at least one previous use of
energy drinks, answered a questionnaire on their
pattern of use of energy drinks and alcoholic
beverages.
RESULTS. Most of the sample (76%) reported
using energy drinks in combination with alcoholic
beverages, preferably whisky (90%), vodka
(37%) and beer (13%). Most of the sample
(79%) also reported using energy drinks alone. In
the latter case, 61% of them reported not feeling
any effect, 10% reported happiness, 9%
euphoria, 9% insomnia, 7% uninhibited behavior
and 24% increase in physical vigor. Out of
those who reported combined use with alcohol,
14% told not to feel different, 38% increase
happiness, 30% euphoria, 11% insomnia, 27%
uninhibited behavior and 24% increase of
physical vigor. High level of variability was
observed in the number of lifetime uses of energy
drinks (14 ± 16). However, there was certain
constancy in the number of cans ingested per
occasion (1.5 ± 0.7).
CONCLUSIONS. It was observed that the effects
of energy drinks are variable, probably depending
on the dose and individual sensitivity. Some
reports suggest interaction with alcohol,
expressed as an increase in the excitatory effects
or reduction in the depressive effects. The
possible pharmacological mechanisms underlying
this interaction are discussed. [Rev Assoc
Med Bras 2004; 50(1): 48-51]
KEY WORDS: Energy drinks. Caffeine. Taurine.
Pattern of use. Alcoholic beverages and
interaction.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem a participação de Marcio
Vinícius Rossi, Renata Guedes Koyama e Rita Aurélia
Boscolo Pereira na coleta de dados desta pesquisa.
Esta pesquisa recebeu apoio financeiro da Associação
Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP),
do CNPq e da FAPESP (00/15043-7) e apoio estrutural
do Centro de Estudos em Psicobiologia e
Exercício (CEPE/UNIFESP).
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Artigo recebido: 24/10/02
Aceito para publicação: 19/09/03

Rev Assoc Med Bras 2004; 50(1): 48-51

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